Carta - I

- Tenho uma coisa para ti - disse. Tremi. O que seria?
Nesse momento estava tão ocupada, que me esqueci daquela afirmação. Momentos depois está de volta com uma folha de papel na mão.
- Toma. É para ti. Lê descansada que agora ninguém te vai interromper - deu-me um beijo na testa e saiu.
Sentei-me na cama e fiquei vários minutos a observar aquela folha. O meu coração batia cada vez mais forte ao mesmo tempo que ia abrindo a carta.
Fechei os olhos, respirei fundo e comecei a ler. Senti um arrepio gelado a contornar o meu interior. Não dava para acreditar, não podia ser possível.
Palavra após palavra. Lágrima após lágrima. Deitei me na cama, sem pensamento, sem olhares, vazia. Chorei. Mas mesmo assim já estava condenada. Desejei desaparecer.
Tentei rasgar a carta. Não deu. Amachuquei e mandei-a contra a parede. As lágrimas ainda não tinham acabado. Preciso de forças. Preciso de coragem. Coragem não é a ausência de medo, mas sim a capacidade de avançar apesar do medo. Mas quando?
Nesse momento estava tão ocupada, que me esqueci daquela afirmação. Momentos depois está de volta com uma folha de papel na mão.
- Toma. É para ti. Lê descansada que agora ninguém te vai interromper - deu-me um beijo na testa e saiu.
Sentei-me na cama e fiquei vários minutos a observar aquela folha. O meu coração batia cada vez mais forte ao mesmo tempo que ia abrindo a carta.
Fechei os olhos, respirei fundo e comecei a ler. Senti um arrepio gelado a contornar o meu interior. Não dava para acreditar, não podia ser possível.
Palavra após palavra. Lágrima após lágrima. Deitei me na cama, sem pensamento, sem olhares, vazia. Chorei. Mas mesmo assim já estava condenada. Desejei desaparecer.
Tentei rasgar a carta. Não deu. Amachuquei e mandei-a contra a parede. As lágrimas ainda não tinham acabado. Preciso de forças. Preciso de coragem. Coragem não é a ausência de medo, mas sim a capacidade de avançar apesar do medo. Mas quando?
Está nas minhas mãos...