Para sempre...
Corria, saltava, e brincava a tua volta. Sempre com esse ar sereno, sempre com o sorriso marcado. Não dá para esquecer... Desde sempre foi assim, mas acabou. Ficaram as recordações, o amor no coração, as lágrimas nos olhos. Ainda lembro, todo o meu ar malicioso a cortar a flor do jardim. A minha face trasbordava o ar doce e carinhoso. A flor escondida nas minhas costas, o sorriso maroto no rosto, e ofereci-te aquele tesouro como tu lhe chamaste. Sabes, nisso (e em tudo) somos parecidas, dar importância a pequenas coisas, a pequenas prendas, vindas sim, do coração. Ainda tenho na memória aquela difícil manhã. Ver-te pela última vez, custou. Agora, resta-me falar contigo em silêncio...
Para sempre... avó!
Para sempre... avó!