Apetece-me escrever, escrever apetece-me. As palavras não saem da boca e os dedos seguram aquela caneta que teima em marcar a folha branca. A folha que não tem nenhum vestígio de ti, de mim, de nós! Apetece-me fazer uma viagem entre as palavras. Formar verbos contigo. Amar, beijar, caminhar, observar, tocar, falar... Apetece-me!
Quantas vezes as palavras não conseguiram descrever o que sentia...quantas vezes.
Apetece-me baloiçar nas palavra e ouvir o sussurrar de cada uma delas. Isso, sussurra-me palavras ao ouvido, escreve palavras no teu corpo, escreve mais uma vez por entre aquelas folhas embriagadas no teu perfume. Cartas que nunca recebi porque não quis palavras, não me apeteceu. Apenas te quis amar e nada mais...