Metáfora
E se o amanhã não existir? Não. Não é amanhã. É hoje. É hoje que me sinto sozinha, é hoje que me sinto espezinhada, é hoje que me dói a alma, que me foge o coração, é hoje que preciso de ti. Não. Hoje e sempre. Sim. Preciso de ti hoje, agora e para sempre. A mais harmoniosa controvérsia, o mais melancólico brilho confundem-se por entre palavras que engulo sem mastigar, palavras que desejo suprimir com os teus longos e celsos suspiros. Quantas vezes te tentei tocar, te tentei abraçar por entre palavras que se perderam no molesto silêncio? Quando? Quando vou eu ter a oportunidade de te sentir, de te olhar, de te beijar, de te fazer meu, por entre os lençois rasgados? Rasgados pela fúria de não te ter naquela noite...