Unívoco
Abro a porta e deixo cair as chaves em cima da mesa que sempre permaneceu ali. Arrasto-me, de mãos dadas com a tristeza, até ao sofá e deixo-me cair de olhos fechados. Fico ali a saborear o silêncio. Olho para a janela e vejo que a lua me acompanha. O vento conta-lhe segredos. O vento entra pela janela aberta e leva-me nos seus braços. Levanto-me, descalça, tendo o cuidado de não pisar os contornos dos azulejos do chão. Sorrio. Sento-me na varanda e fico ali à luz da lua, ao sabor do vento ao som da noite. Deixo o cansaço sugar o meu corpo e alimentar a mais profunda preguiça. Adormeço. Acreditas?
Permaneci na noite e tentei esquecer as preocupações, e soltei os pensamentos ao sabor do vento.
Tenho de repetir...
Permaneci na noite e tentei esquecer as preocupações, e soltei os pensamentos ao sabor do vento.
Tenho de repetir...