Metamorfose
O corpo transforma-se por entre lágrimas. Lágrimas imundas de dor que me deixam ridícula por entre os pedaços de cada ser. Pedaços do meu ser. Pedaços do teu ser. Pedaços que arduamente não se querem colar e desfiguram nas teias de cada dia vivido. Por vezes acordo num mundo estranho. Por vezes sou estranha no mundo. Procuro sentir. Sinto que te procuro... procuro. Não. Que te quero. E é aí, que o mundo (não) gira e me deixa presa na melancolia que a tempestade trouxe. Mãos dadas à tristeza que logo me entrega na solidão. Ir sem olhar para trás. Sorrir com medo de sublevar os lábios. Nada sentir. Não sentir nada. Dor consumida.
Rasgos de uma história que (nem) começou...
Rasgos de uma história que (nem) começou...